domingo, 22 de julho de 2012

Crônica: O maior brasileiro de todos os tempos


Com 12 anos de muita espera e anseio, com sua história sendo manchada por jogadores desinteressados e diretoria amadora, sem contar a torcida que espantava seus ídolos do time, o Palmeiras finalmente calou os críticos e sagrou-se o maior vencedor de torneios nacionais, chegando ao seu 11° título.


A oportunidade não poderia ser melhora para o verdão por fim a seca de conquistas, com uma equipe limitada e muito questionada mas sobre o comando do mestre dos mata a matas Luiz Felipe Scolari, e também questionado pelo seu pouco rendimento em ganhar o que o consagrou, vitórias heroicas e campeonatos importantes. 


Todos esses ingredientes serviam de pressão para o elenco alviverde que em nenhum momento da copa do Brasil pareceu sentir o peso de tudo o que rondava a final contra o Coritiba. É bem verdade que o único momento de sofrimento surgiu nos primeiros 45 minutos da decisão quando o Palmeiras "apagou" e o Coritiba perdeu gol atrás de gol. 


Um chavão que é utilizado para definir o estado em que o Palmeiras se encontrava é "sorte de campeão". Apesar de ter sido bombardeado quase a primeira etapa inteira, Betinho sofre penalti e o Mago Valdivia que se tornou fundamental nos jogos decisivos não decepcionou, nem mesmo sua expulsão no segundo tempo ofuscou sua atuação.  E terminando o jogo, o bom e velho Marcos Assunção que tem a cara desse time, colocou o palestra ainda mais perto do titulo ao cobrar a falta que originou o gol de Thiago Heleno. 


Vitória no primeiro jogo da final não significou muita coisa, a decisão seria no Couto Pereira,  último fantasma que o Palmeiras precisaria exorcizar. O clima que antecedeu a partida era de euforia misturado com ansiedade e desespero. Eu como jornalista e torcedor avido do Palmeiras, posso garantir toda a angustia que vivemos conforme as horas iriam se despedindo e o jogo se aproximando. 


Chegou a hora. A espera duraria 90 minutos para a histeria ou a tristeza dos palmeirenses. A etapa inicial foi nervosa mas sem sustos, muito pelo contrário, o verdão teve as melhores chances de abrir o placar e o coxa esbarrava na responsabilidade de marcar no minimo dois gols. 


Na etapa final, podemos utilizar até um sub título e descrever como: O susto. Era evidente que com toda a pressão dos curitibanos gritando no Couto Pereira, e o Coritiba pressionando o gol da equipe da casa era uma questão de tempo, e saiu com uma grande cobrança de falta convertida por Airton. A reação creio que de todos os palmeirenses foi de silêncio, como entrar em estado de choque sem demonstrar sinais de vida. Reação apenas dos torcedores, pois o time não se abateu, e o susto durou apenas 4 minutos, pois o "cara" da copa do Brasil, Marcos Assunção acerta mais um passe para o questionado Betinho fazer o gol do título. 


Não restava mais nada a fazer em campo a não ser esperar o tempo passar, o próprio Coritiba já estava entregue ao resultado e os torcedores se dirigiam para as saídas do Couto Pereira. Enquanto do outro lado os gritos de "É CAMPEÃO" não cessavam, a festa no chiqueiro já estava armada. O apito final foi apenas um detalhe para a nação alviverde cair na alegria e comemorar a tão almejada conquista. 


A história do Palmeiras na copa do Brasil foi resumida no jogador que não agrada a diversos palmeirenses mas que possui uma identificação tremenda com o clube, Luan, que entrou no segundo tempo e no primeiro lance se machucou, e Felipão já havia feito as 3 alterações. Mesmo sem condições, o camisa 11 lutou até o fim, isso mostra o espirito em que os jogadores se encontravam para aquele jogo. E foram recompensados.


Por Afonso Malatesta

quinta-feira, 5 de julho de 2012

O sonho finalmente foi alcançado, Corinthians campeão da libertadores

Demorou mas finalmente o Corinthians atingiu seu maior objetivo e conquistou a libertadores da America de 2012 e em cima do temido Boca Junior que deixou a desejar em jogo com direito a falha bisonha de Schiavi que entregou a bola para Emerson sacramentar a vitória. 

O jogo foi complicado, e amarrado durante o primeiro tempo sem chance clara de gols para as duas equipes que se preocupavam mais com a marcação. O Corinthians marcava bem, e não deixava Riquelme a única esperança de criatividade no meio de campo argentino, de jogar e desempenhar o futebol que todos estão acostumados a ver. 

Já no segundo tempo a equipe de Parque São Jorge foi soberana, em jogada confusa, Danilo encontra Emerson Sheik livre para marcar o primeiro e dar início a festa no Pacaembu. Com a vitória bem encaminhada os corintianos ainda estavam receosos e o grito de campeão teimava a sair dos torcedores que lotaram o Paulo Machado de Carvalho. 

Se a festa não estava completa, o zagueiro do Boca, Schiavi fez a gentileza de tornar tudo mais fácil com uma assistência para Emerson que não tomou conhecimento do marcador Caruzzo, e bater o goleiro do Boca para depois de 102 anos de espera, o Corinthians enfim gritar campeão de um torneio internacional.

A equipe alvinegra além de levantar o caneco, foi campeã invicta, caso que só aconteceu com 7 times em 35 anos em que a libertadores é disputada. Agora os comandados de Tite tem o resto do ano para se preparar para o mundial que já conta com o campeão da UEFA, o Chelsea que bateu o Bayer de Munique na final. 

FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 2 X 0 BOCA JUNIORS
Local: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data-hora: 4/7/2012, 21h50
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: Abrahan Gonzales e Humberto Clavijo (COL)
Renda e público: R$ 2.580.912,50 / 37.959 pagantes
Cartões amarelos: Chicão, Leandro Castán e Jorge Henrique (COR); Mouche, Schiavi, Caruzzo e Santiago Silva (BOC)
Cartão vermelho: - 
GOLS: Emerson Sheik, 8'/2ºT (1-0); Emerson Sheik, 27'/2ºT (2-0)
CORINTHIANS: Cássio, Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Douglas - 43'/2ºT); Emerson Sheik (Liedson - 46'/2ºT) e Jorge Henrique (Wallace - 46'/2ºT). Técnico: Tite
BOCA JUNIORS: Orión (Sosa Silva - 32'/1ºT), Sosa, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Somoza, Ledesma (Cvitanich - 20'/2ºT), Erviti e Riquelme; Mouche (Viatri - 37'/2ºT) e Santiago Silva. Técnico: Julio Cesar Falcioni

Por Afonso Malatesta

terça-feira, 3 de julho de 2012

A volta de um gigante



O segundo jogo da semi final do torneio nacional era cercado de desconfiança, apesar do Palmeiras vencer o jogo em Porto Alegre contra o Grêmio, os próprios torcedores do verdão estavam receosos quanto a manutenção do resultado para disputar a fina.

Mas o Palmeiras não é se tornou o maior vencedor do século XX com sorte e pela pouca competitividade dos seus adversários, ele tornou seus adversários fracos diante de sua força. E essa força que há muito tempo não e aparecia, fez acordar o gigante que estava adormecido. Com o gol de Valdivia brotou em cada palmeirense uma esperança de dias melhores e ainda mais se  o tão esperado título vier. 

Apelidado de time copeiro, característica dos times de Felipão, o Palmeiras foi derrubando um a um seus adversários até estar frente a frente com o seu algoz. Triste lembrança para a equipe de Palestra Itália que no ápice de seu declínio, sofreu uma dolorosa derrota por 6x0. A oportunidade é outra, e o time é outro, com uma hombridade há muito tempo esquecida o Palmeiras chega forte para a decisão. 

O desafio começa nesta quinta-feira na arena Barueri, a partir das 21h50 com transmissões da Rede Bandeirantes para os canais abertos e ESPN e SporTV para os assinantes da televisão paga. O Coritiba vem com força máxima e o Palmeiras não conta com Henrique que foi expulso após confusão no jogo contra o Grêmio. Preparem seus corações, pois sempre que o Palmeiras chega a uma decisão é promessa para grande emoção. 

Por Afonso Malatesta

Corinthians, agora ou nunca




Milhões de corintianos espalhados pelo Brasil cobiçam a mesma coisa, o tão sonhado e aguardado título da Libertadores. Depois de tanto tempo não virou apenas uma disputa para conseguir vencer a competição, mas sim uma questão de honra por ser o último dos considerados times grandes a levantar o caneco.


O sonho talvez esteja mais próximo do que nunca, Romarinho fez o favor de atiçar ainda mais os corações alvinegros com um gol histórica na "La Bombonera" quando o Corinthians estava em desvantagem. As cartas estão sobre a mesa e depende apenas dos comandados de Tite entrarem em campo e fazer o que são pagos para realizar e vencer o jogo.


Em contra partida o "bicho papão" da libertadores que é Boca Junior não se importa com toda a comoção e fé dos fiéis torcedores do Corinthians que irão lotar o Pacaembu amanha. O time argentino não ganhou esse apelido por acaso, é respeitado por qualquer adversário e ainda mais por contar com o craque, apesar de em fim de carreira, mas brilhante Riquelme que infernizou a vida de Alessandro no primeiro jogo.


Os times estão prontos, são as melhores campanhas da libertadores, sobre tudo o Corinthians que pode ser campeão invicto. O desfecho dessa emocionante final, nós acompanharemos amanha as 21h50, que vença o melhor. 


E você torcedor, qual o seu pitaco para o jogo?


Por Afonso Malatesta