As eliminatórias sul-americanas para
a Copa do Mundo de 2018 chegou a um terço disputada. O Brasil ocupa um modesto
sexto lugar. Levando-se em conta de que Peru, Bolívia e Venezuela estão sempre
sem chances de se classificar, a nossa seleção ocupa a penúltima colocação dos prováveis
candidatos.
Vamos analisar os primeiros
jogos. A sequência tinha uma estreia com o Chile fora de casa (perdeu).
Resultado normal pois os adversários vivem ótima fase e estão com um dos
melhores elencos que já se viu. Na segunda rodada, era o primeiro jogo em casa
(Castelão, em Fortaleza) o público compareceu e vencemos os Venezuelanos por 3
a 1. A terceira rodada chegou e um clássico marcado para o Monumental de Nunez
(em Buenos Aires, Argentina) teve de ser remarcado devido ao grande volume de
chuva ocorrido horas antes do jogo e impossibilitando o gramado de receber um
jogo de futebol. Na hora do jogo o Brasil segurou a pressão e trouxe um empate
para casa. Na quarta rodada, o Peru não esboçou ser o mesmo time que quase nos
complicou na Copa América e foi presa fácil (3 a 0 sem sustos).
2016 chegou e o Brasil faria sua
estreia contra o Uruguai em Recife. O clima estava bom e a seleção começou bem
abriu o placar e ampliou o marcador. Porém, os uruguaios com a dupla Cavani e
Soares empataram o jogo e o Brasil saiu sob vaias de Recife. Próxima parada era
Assunção, Paraguai. Um empate buscado no final com muito suor e pouca técnica.
Analisando os números, o Brasil
está muito longe do que espera. Um time sem identificação com o seu torcedor.
Jogadores que são apenas bons na Europa chegam aqui e não dão carinho a quem
tanto corre atrás deles e fica em saguão de aeroporto, porta de hotel e
estádio. Não é apenas comando técnico que a seleção precisa. Necessitamos de
alguém que aproxime os jogadores.
Hoje em dia grande parte das
pessoas preferem assistir aos jogos do seu time do que a Seleção Brasileira.
Ultimamente o que se tem visto é algo superficial e que cada vez deixará o
torcedor brasileiro longe de sua seleção.
A história nos mostrou sempre uma
seleção bem acolhida no Nordeste e com ar de desconfiança no Sudeste (As vaias
históricas no Morumbi diante da Colômbia em 2001). Coincidência ou não os três
primeiros jogos da seleção nesta edição das Eliminatórias foram no Nordeste
(Fortaleza, Salvador e Recife). Seguindo esta lógica, jogaram a próxima em
Natal e depois jogarão na Região Norte, Centro-Oeste...Uma hora eles vão jogar
no Sul e Sudeste e até lá espero que o futebol apresentado pelo time de Dunga e
seus comandados seja muito melhor. A copa do mundo está logo ai. O vexame do 7
a 1 será repetido na Rússia? Pelo andar da carruagem parece que sim. O
verdadeiro torcedor espera que não.
Renato Redini
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